quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Chuva (Abril/1986)

Cai a chuva, chuva, chuva
Que do céu negro principia
Ao encontro dos telhados
Amedrontados pelo terror que anuncia.

Nos córregos, a água escura sobe, sobe
Invadindo, destruindo, massacrando
Acordando a quem ainda dorme
O sono do pecado de não ter sobrenome.

Mais distante não tem córregos
Ninguém tem medo da chuva,
Pois o ouro do berço nascente
Embala-os em um sono seco e quente.

José Rosa ( ZeRo S/A)

2 comentários:

J.F. de Souza disse...

mas eu só posso
esperar
que a chuva
passe

J.F. de Souza disse...

Zé, meu caro! Tá afim de participar do Amigo Poético do B7C este ano?

http://blogdesete.blogspot.com/2009/12/amigo-poetico-ano-2.html

Vamo lá! Participaê! =P

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